Síndrome de Burnout
*Erika Badra e Paula Freitas
Com o mercado competitivo, ter estresse é normal , atualmente as empresas exigem uma imersão dentro do ambiente de trabalho tão grande, que o nível de estresse apresentado pelos funcionários acaba sendo preocupante.
Em meados dos anos 70 surge nos Estados Unidos o termo Burnout, que é a junção de burn = queima e out = exterior sugerindo um estresse crônico mais associado ao mundo do trabalho, em que a pessoa sente “perder a energia”, o entusiasmo e o interesse, comprometendo a sua saúde e performance profissional. No brasil é conhecida como “síndrome do fósforo queimado”. A pessoa que sofre de Burnout costuma apresentar um nível de estresse enorme, cansaço e mal-estar generalizado, apresentando assim, sinais de esgotamento físico, psíquico e emocional que se relacionam diretamente ao desempenho e à atividade profissional.
Sentimentos negativos, de fracasso, impotência, irritabilidade e baixa autoestima se tornam comuns, levando muitas vezes ao abandono da tarefa realizada. Pelos sentimentos citados a pouco, muitas pessoas tendem a confundir a Síndrome de Burnout com o Transtorno Depressivo.
Os principais sintomas físicos da síndrome de burnout são:
- Dores de cabeça constantes;
- Tonturas;
- Alterações no sono;
- Problemas digestivos;
- Falta de ar;
- Excesso de cansaço.
Os sintomas psíquicos são:
- Ansiedade;
- Dificuldade em concentrar-se;
- Variações de humor;
- Perda de motivação no emprego;
- Ficar isolado dos colegas de trabalho.
Abaixo segue 3 dimensões da síndrome de Burnout
- Exaustão Emocional – Situação em que o trabalhador percebe que sua energia e seus recursos emocionais se esgotaram devido ao contato direto e intenso com os problemas no seu local de trabalho. Ele sente que não pode doar mais de si mesmo a nível afetivo, pois já não possui forças para efetuar tal esforço. É o esgotamento que gera a falta de vontade de fazer qualquer coisa.
- Despersonalização – O trabalhador desenvolve atitudes negativas em relação ao seu trabalho e passa a ser insensível com as pessoas, agindo como se elas fossem objetos. Passa a não se importar realmente com o sentimento dos outros, usa de cinismo e ironia, acha todos chatos e que seus problemas não têm importância. A despersonalização é uma barreira criada pelo indivíduo com a intenção de se proteger do contato com os demais. Ele acha que se não se envolver com os problemas dos outros, não vai sofrer, mas é exatamente o que acontece.
- Baixa realização pessoal no trabalho – O indivíduo não se sente realizado com o trabalho que executa. Acha que poderia ser mais feliz se tivesse escolhido fazer outra coisa. Traz à tona o sentimento de impotência, sentido que poderia produzir muito mais em outro lugar. Sente-se incompetente, desmotivado, com baixa autoestima e às vezes com vontade de abandonar o emprego.
A incidência da síndrome vem crescendo, devido à realidade social e cultural que enfrentamos. É necessário fazer exames e analisar se os problemas enfrentados estão relacionados ao ambiente de trabalho ou a profissão. É necessário avaliar se é o ambiente profissional que causa o estresse ou se são as atitudes da própria pessoa que passam a ser o estopim.
*Erika Badra é Terapeuta Cognitiva Comportamental – Gerontologia e Tanatologia – CRP 04/18656
*Paula Freitas é Psicóloga clínica – Abordagem cognitiva comportamental. Atendimento para adolescentes, adultos e casal. Orientação vocacional – CRP: 8104
Consultório: Av. Francisco Sá, 787 / sala 303, Prado – Belo Horizonte – MG
Este post é uma contribuição exclusiva das psicólogas Erika Badra e Paula Freitas para o Guia BH Mulher
Nota: Ao reproduzir nosso conteúdo, favor informar os créditos e manter os links. Caso algum artigo ou imagem postado aqui em nosso site, que seja de sua autoria e o crédito não esteja determinado, favor entrar em contato pelo acesso no rodapé do site ou no menu acima.
Veja onde encontrar em Belo Horizonte e cidades vizinhas