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Advocacia de Família: do litígio à solução adequada de conflitos – Aline Motta

Imagem: de Pexels por Pixabay

A mudança de paradigma na Advocacia de Família: do litígio à solução adequada de conflitos

*Aline Motta

Houve uma mudança drástica da melhor solução para resolver conflitos familiares.

Se trata de uma mudança de paradigma no que tange ao Direito de Família.

Há pouco tempo atrás ao procurar um(a) advogado (a) especialista em Direito de Família, a primeira opção seria o litígio. Ajuizar uma Ação de Alimentos ou Oferta de Alimentos, divórcio não era feito em cartório, não se falava em mediação ou direito sistêmico.

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Atualmente, o(a) profissional que não aplica a mediação, conciliação e a busca pela paz e melhor interesse do menor através das soluções adequadas de conflitos, não está somente desatualizado, está na contramão do que se espera da família.

A família por si só deve ser o lugar de acolhimento, ainda que falemos de dissolução desta, deve ser feita de modo menos traumático e desgastante possível.

Ao tratar questões pessoais tão sérias o(a) advogado(a) além de técnico(a) e capacitado(a) deve ser humano(a) e empático.

Trazer como princípio levar a paz aos indivíduos deve ser uma missão de vida, esclarecer para os envolvidos como o desgaste do litígio judicial pode ser prejudicial.

É necessários demonstrar as vantagens do cliente ser protagonista das decisões da sua vida e não colocar nas mãos de terceiros esse poder.
Por mais capacitado(a) e humano(a) que o(a) juiz(a) seja, ninguém melhor que as partes envolvidas, seja este o cônjuge ou companheiro(a); pai ou mãe, para decidir o que é melhor no contexto tão individual no qual cada família vive.

O que não quer dizer não colocar a termo, já que como diz o jargão “o combinado não sai caro”.

É imprescindível pré-estabelecer para evitar aumentar a tensão.

Principalmente se há filhos menores, o ideal é que se regularize a situação o quanto antes, antes dos conflitos acontecerem.

No âmbito do direito de família existem muitos estudos psicossociais que indicam o que seria “melhor” em determinados casos, por exemplo: foi determinada que a Guarda Compartilhada como modelo ideal de Guarda, onde são partilhadas as decisões sobre a criação.

Os estudos de Direito de Família, tanto pelo corpo jurídico, mas também pelos profissionais psicossociais devem ser levados em conta, mas sob a luz do que funcionaria para o caso da família em questão, dentro da possibilidade, razoabilidade e principalmente como base precípua o que é melhor para o(a) menor.

Portanto, conclui-se que ao buscar um advogado(a) de Direito de Família, busque um(a) profissional que não vai incitar o litígio, que em primeiro lugar tentará uma solução menos traumática e lhe informará sobre os estudos dentro da área psicossocial a respeito do seu caso. Caso reste como única solução o litígio, que este(a) o faça de forma ética e buscando sempre trazer a almejada paz às famílias.

*Aline Motta é advogada especialista em Direito Civil, Direito do Consumidor, Direito de Família e Direito de Trânsito.

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Este post é uma contribuição exclusiva da Advogada Aline Motta para o Guia BH Mulher

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