Uso do botox para correção estética no nariz já é realidade
Abertura de ICAD Brazil 2015 mostra força do segmento de estética e envelhecimento saudável
Evento ganha em tamanho e qualidade, atraindo público ávido por novidades em produtos e tratamentos diversos
A segunda edição do ICAD Brazil (Congresso Internacional de Dermatologia Estética e Envelhecimento Saudável) mostrou sua força logo na abertura. Auditórios lotados acompanharam atentamente as primeiras das 180 palestras e workshops programados ministrados por renomados profissionais brasileiros e internacionais, que apresentaram novidades e tendências em tratamentos e diagnósticos.
“Em 2015, trouxemos o dobro de trabalhos científicos do que havíamos trazido no ano passado”, comemora Wilmar Accursio, advisor do evento, que é apoiado por mais de 21 entidades do Brasil e do mundo. “Esse ano conseguimos mais patrocínio e mais respaldo de associações, isso sem contar o apoio da Euromedicom, que acaba por impulsionar ainda mais o ICAD”, diz Accursio, que aposta ainda no crescimento da geração de negócios em decorrência do aumento do público e dos profissionais envolvidos.
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Uma das palestras que chamou a atenção de todos foi a do cardiologista Artur Lemos, que abordou pesquisas que relacionam a poluição ambiental com o diabetes, segundo ele a doença que mais cresceu no século XX. “De uma etiologia quase 100% genética, passou a ser relacionada com a obesidade e o sedentarismo nos últimos 20 anos. Todavia, uma parcela de indivíduos magros estão tornando-se diabéticos (20 a 25%) e especula-se que a causa seria por inflamação crônica sem bactérias causada por poluentes”, diz.
Ainda no Auditório Envelhecimento Saudável, foi a vez do norte-americano Edwin Lee dar relevantes informações sobre o uso de hormônios no combate ao envelhecimento. Na palestra “Aparência mais jovem através do balanço hormonal”, o médico explicou que o envelhecimento é resultado de inflamação e oxidação do corpo e tratou de como diversos hormônios combatem o processo inflamatório. Em especial, ele destacou a insulina que, “em níveis altos, levam a inflamação. E isso é um problema que vem aumentando em todo o mundo, graças à má alimentação, rica em açúcar”, diz. O médico também citou o uso da vitamina D, que aumenta a imunidade do corpo, progesterona, que regula o ciclo menstrual, além da testosterona e do hormônio de crescimento, ambos trazendo benefícios a pele.
Outras duas palestras também geraram muita curiosidade, levando à lotação dos auditórios. O fisiatra Lucas Caseri trouxe informações sobre a análise 126 mil trabalhos científicos a respeito dos danos ao coração causados pelos anabolizantes. Segundo o médico, a absoluta maioria dos estudos disponíveis foca em relatos de caso, sem seguir o escrutínio minucioso exigido pela ciência para que se faça afirmações conclusivas. “Pelos dados que levantamos, podemos afirmar que falta evidência correta para predizer causalidade de problemas cardíacos decorrentes do uso de esteroides”, diz.
Já na aula da dermatologista Carolina Sgarbi, ministrada no Auditório Clínica e Cirúrgica, foi listada uma enorme variedades de plantas que causam dermatites alérgicas, muitas das quais bastante comuns, como as famílias que englobam o alho e o abacaxi. “Essa é a oportunidade para que se encontrem causas para inúmeras reações alérgicas provocadas por plantas, cujo diagnóstico pode ser bastante difícil”, afirma.
Um Auditório de Dermatologia Estética lotado ainda viu uma palestra do médico britânico Raj Acquila. Nela, o profissional apresentou sua técnica de oito pontos com toxina botulínica para fazer correções no nariz, um método muito menos invasivo do que as cirurgias e com resultados imediatos, conforme foi visto em um vídeo exibido durante sua explanação. O médico, porém, fez uma ressalva. “A região nasal é irrigada por uma enorme quantidade de vasos sanguíneos, por isso é necessário tomar muito cuidado com a aplicação de toxina botulínica. Erros podem levar a necroses e até a cegueira”, alertou.
Este post é uma contribuição da EVCOM para o Guia BH Mulher
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