[QUARENTENA] Como a Meditação pode amenizar a ansiedade em tempos de isolamento?
Saiba como meditar pode ajudar a controlar a ansiedade e melhorar sua saúde mental em meio à pandemia do COVID-19.
Embora muitas pessoas acreditem que a Meditação começou na Índia, a verdade é que o início dessa prática é desconhecido, levando até muitos antropólogos a criarem as mais diversas teorias. Porém, foi na década de 1970 que um cardiologista, e professor na Universidade de Harvard, Dr. Herbert Benson, iniciou um estudo que daria início a muitas investigações nesse campo. O Dr. Benson percebeu uma considerável diferença entre os seus pacientes quando analisados no consultório e fora dele; os índices mostraram que a pressão arterial era diretamente influenciada pela ansiedade, mesmo sob a ação de medicamentos. E estudando os efeitos em pacientes que praticavam Meditação, ele desenvolveu o termo Resposta ao Relaxamento como o conjunto de respostas fisiológicas obtidas pela técnica de meditar. Ou seja, ali, a ciência começava a provar que a Meditação, até então restrita a círculos místicos, poderia fazer parte dos tratamentos médicos convencionais, pois os seus resultados eram mensuráveis e positivos, não apenas para controle da pressão arterial, mas também para a ansiedade e insônia, além de outras pesquisas que apresentavam resultados como o controle de batimentos cardíacos, equilíbrio do metabolismo e da respiração. Com o tempo e com a tecnologia, exames mais modernos como a ressonância e a tomografia, puderam provar que a Meditação ativa as regiões do cérebro como o córtex pré-frontal, hipocampo, hipotálamo e outros, em níveis não atingidos durante o estado normal em que estamos no cotidiano.
Bem, até aqui, podemos ver o quanto a Meditação é benéfica em questões de saúde no nível do funcionamento do organismo. Mas em que se traduzem esses reajustes que ela provoca a ponto principalmente de nos ajudar em épocas de grande tensão como a atual? Entre as pesquisas citadas e muitas outras realizadas ao longo das décadas, foi comprovado a redução de adrenalina e cortisol, hormônios diretamente ligados a ansiedade e estresse, entre pessoas que meditam. Há momentos para adrenalina, mas sua ação em larga escala por longos e desnecessários períodos ela é extremamente prejudicial. E as comprovações não se tratam apenas da redução dessas taxas consideradas ruins em dias normais -e terríveis em tempos de quarentena-, foi também constatado níveis de endorfina numa liberação maior, aquele hormônio bem conhecido e diretamente ligado ao bem-estar e à felicidade. É desse modo, e com toda essa liberação de hormônios, que a Meditação se torna sua aliada e complemento essencial em tempos de crise.
Cabe ressaltar que, nestes dias, o que tem sido exigido dos profissionais de saúde levou os mesmos a sobrecargas físicas e emocionais altíssimas! Assim, essa prática não é valiosa apenas para quem tem que enfrentar a ansiedade de ficar em casa, o fato é que incorporar algumas das muitas técnicas de Meditação possam ser decisivas para os profissionais de saúde, que estão agora na linha de frente dessa crise do coronavírus, atravessarem essa fase de altos níveis de estresse, melhorando a harmonia entre corpo e mente, e tudo isso, sem contraindicações.
Qualquer um pode meditar; você pode fazer isso agora, no seu lar, com poucos minutos por dia! Não vai resolver o problema da transmissão do vírus, mas vai ajudar você a atravessar este período mantendo sua ansiedade, e mutuamente sua imunidade, em equilíbrio. Até o dia em que tudo esteja novamente sob controle…e mesmo depois.
Este post é uma contribuição da assessoria Luís A. Delgado para o Guia BH Mulher
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