Lowsumerism invade arquitetura e decoração
Proposta exige que profissionais da área pensem em maneiras de tornar os espaços bonitos e funcionais de forma econômica
No melhor estilo Lowsumerism, o arquiteto Júnior Piacesi usou neste projeto poucas, mas boas peças provando que bom gosto não precisa combinar com ostentação. Foto: Gustavo Xavier
Depois de décadas de consumismo desenfreado, iniciado desde o fim do século XIX com a industrialização, surge agora o Lowsumerism. A ideia é simples: consumir menos e de forma consciente. O termo vem do inglês low, que significa baixo e consumerism, consumismo.
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O setor de arquitetura/decoração também incorporou essa proposta e a mudança de comportamento se reflete nos projetos. “As pessoas estão cada vez mais conscientes dos gastos e isso exige do arquiteto soluções criativas/funcionais e com custo otimizado. Bom gosto não precisa combinar com extravagância”, comenta o arquiteto Júnior Piacesi.
Nos projetos Lowsumerism, desenvolvidos pelo escritório Bellini Arquitetura e Design, a utilização de lâmpadas de LED, que tem baixo consumo, é indispensável. Foto: Jomar Bragança
Para conseguir projetos que sigam a linha Lowsumerism é preciso optar por itens que consumam menos. “A utilização de lâmpadas de LED é uma boa opção, pois têm consumo mais baixo. Também é possível reduzir o consumo de recursos hídricos por meio de torneiras que limitam a quantidade de água utilizada e válvulas instaladas no vaso sanitário. Nas construções há possibilidade de coleta e reuso da água da chuva”, destacam a designer de interiores Danielle Bellini e o arquiteto Luís Bellini, do escritório Bellini Arquitetura e Design.
Para Júnior, um projeto Lowsumerism precisa ser atemporal. “Dessa forma conseguimos projetar ambientes que atendam à demanda do consumo consciente e sejam menos cansativos, livre de excessos e otimizados. Apostamos no básico, no cinza, no preto, no branco e cores nos objetos que possam ter vida útil curta ou serem trocados sem grandes impactos financeiros”, salienta.
Segundo o arquiteto Júnior Piacesi, quanto mais atemporal é uma casa, menos consumo ela gerará. Foto: Gustavo Xavier
Este post é uma contribuição da Mão Dupla Comunicação para o Guia BH Mulher
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