Lofts: quais as características e como decorar este tipo de apartamento
Inspirada em seus projetos de lofts, a arquiteta Carina Korman, do escritório Korman Arquitetos, dá dicas para a escolha dos móveis e do estilo de décor
Uma versão da história da arquitetura conta que o loft nasceu nos traços do arquiteto francês Le Corbusier, que projetou nos anos 1920 apartamentos com pé-direito duplo e ambientes amplos, banhados por luz natural. Mas foi nas décadas de 1960 e 1970 que o loft virou tendência. Atraídos pelo custo mais baixo, muitos artistas se mudaram para antigos galpões comerciais ou industriais no bairro do SoHo, em Nova York, e os transformaram em residências com ambientes integrados e estética industrial.
No Brasil, loft é sinônimo de um apartamento espaçoso, sem paredes divisórias, com pé direito duplo, janelas grandes e mezaninos. Por esses atributos, muitos dizem que é preciso ter um certo estilo de vida para morar em um loft. Mas a arquiteta Carina Korman, do escritório Korman Arquitetos, explica que o principal fator é que a pessoa se adapte à planta integrada. “O morador precisa gostar de espaços abertos, principalmente da cozinha conectada à área social. Acredito que existe um perfil: alguém organizado, já que tudo fica mais exposto, e que goste de receber, pois o loft proporciona a interação entre os espaços e as pessoas.”
Alguns materiais como os tijolos aparentes, seja em sua versão original ou pintados de branco, são característicos dos lofts. O concreto aparente, o cimento queimado e os ladrilhos hidráulicos também aparecem bastante neste tipo de projeto, além das tubulações elétricas e hidráulicas à vista.
Mas a aparência que remete aos galpões nova-iorquinos não limita as opções para o décor de um loft. “Ele tem um estilo mais industrial por causa de sua origem, mas não é uma regra. A decoração de um loft varia de acordo com a personalidade do morador. Ele pode ter até um décor clássico”, afirma Carina. Neste projeto, no bairro dos Jardins, em São Paulo, a profissional criou ambientes leves e com toques de cor. Para isso, os tijolinhos foram pintados de branco, clareando o espaço, e o mobiliário ganhou peças em rosa, verde menta e amarelo claro.
Mesmo com diversas possibilidades para o estilo de decoração, é preciso ter atenção na escolha dos móveis. “Como os ambientes são integrados, vale apostar em móveis versáteis, que tenham mais de uma utilidade”, aconselha a arquiteta. Um banco na mesa de jantar, que pode ser usado também para acomodar mais convidados na sala de estar, ou uma peça que funcione tanto como mesinha quanto como banco são algumas ideias aplicadas pelo escritório.
Este post é uma contribuição dc33 Comunicação para o Guia BH Mulher
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