MOSAICO
Por Kátia Storch
Senhor, vejo faces duras
Olhares cheios de amargura
Corpos sem movimentos
Palavras sangrarem ao vento.
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Meu olhar é dono do nada.
Vive uma calma aflita
A lutar para secar a ferida.
Meus lutos são tantos!
Minha face em mosaico.
Meu olhar lânguido observa
A candura da flor; minhas mãos
Tremem diante da beleza.
Este rosto trincado. Uniões.
Estas cicatrizes. Matizes.
Estas mãos trêmulas. Sensações.
Este olhar parado. Direções.
Deus, minha fonte cristalina
Que segue levando barquinhos
Pelos rios bem devagarinho
E desaguam todos no mar.
Meu olhar a tudo vê e sorri baixinho.
Tudo que tenho sou eu. Eu e Deus.
Diante de tudo isto, não há solidão
Posso ver além e vejo belezas sem fim.
Ah vida, como a abelha descobre o néctar na flor
Eu descubro encantos no silêncio e no amor.
SOBRE O AUTOR
Kátia Storch Moutinho – é mineira de Teófilo Otoni residindo em Vitória – ES desde 1981. Graduada em Marketing, atuou em Treinamento e Desenvolvimento e passou a levar a sério sua aptidão para a literatura, dados os comentários afáveis que recebia há 12 anos quando escrevia em fotologs e blogs. Atualmente, escreve na fanpage Palavras Poéticas no Facebook e no Recanto das Letras . Convidada pela Academia Nacional de Letras do Portal Poeta Brasileiro em Campinas – SP deste ano estará também participando do lançamento da IV ANTOLOGIA DOS POETAS BRASILEIROS. Tem o objetivo de resgatar através da poesia, reflexões e valores morais mais sólidos como: respeito, afeto e solidariedade entre as pessoas.