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Janeiro verde: campanha de prevenção aborda câncer de colo de útero
A estimativa é de mais de 16 mil novos casos da doença no Brasil em 2022. Diagnóstico precoce é fundamental para tratamento e ações de prevenção.
Durante o primeiro mês do ano, diversas instituições de saúde brasileiras promovem o Janeiro Verde, uma campanha de alerta sobre o câncer de colo do útero. A conscientização é necessária porque, apesar de essa ser uma doença com possibilidades de diagnóstico precoce e de prevenção, o número de casos segue avançando. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa é de mais de 16 mil novos casos no Brasil em 2022, com previsão de 7,5% de aumento a cada ano.
Segundo o Inca, o câncer de colo do útero é o terceiro tipo de neoplasia mais recorrente em mulheres, ficando atrás do câncer de mama e do colorretal, nesta ordem. A estatística não considera o câncer de pele não melanoma, que é o mais comum tanto em mulheres quanto em homens. Os dados do Inca apontam que, no Brasil, o câncer de colo de útero é o primeiro mais incidente na região Norte e o segundo no Nordeste e no Centro-Oeste. Já na Região Sul, ocupa a quarta posição e no Sudeste, a quinta.
Conforme o órgão, a principal causa de câncer do colo do útero é a infecção pelo papilomavírus humano (HPV), transmitido sexualmente. Apesar de nem toda infecção evoluir para o câncer, em boa parte dos casos, o diagnóstico da doença está relacionado ao vírus.
Os fatores de risco para o câncer de colo do útero são as relações sexuais sem preservativos, o tabagismo, a infecção por HPV e por clamídia e o uso prolongado de anticoncepcionais orais. Além disso, as mulheres que tiveram três ou mais gestações, que engravidaram antes dos 20 anos ou que têm histórico familiar da doença estão mais suscetíveis à doença.
O Inca acrescenta que, quando o câncer é diagnosticado precocemente, as chances de cura aumentam. Sendo assim, é essencial que mulheres a partir dos 25 anos frequentem regularmente o médico para fazer o exame do papanicolau, ou antes, se houver indicação médica. Algumas ações que ajudam na prevenção incluem não fumar, se vacinar contra o HPV e usar preservativo.
Como é o tratamento
Os tratamentos para o câncer de colo do útero podem ser feitos por cirurgia, radioterapia, quimioterapia, terapia alvo e imunoterapia. Os procedimentos variam conforme alguns fatores, como idade, estágio do tumor e aspectos pessoais, como o desejo da mulher de ter filhos.
A radioterapia pode ser administrada por meio de duas técnicas diferentes. A chamada radioterapia convencional utiliza um feixe de radiação externo, enquanto a braquiterapia consiste na aplicação interna do material radioativo. Segundo informações do Instituto Oncoguia, o segundo processo é indicado como complementar ao primeiro.
As pacientes que fazem o tratamento com braquiterapia podem perceber efeitos colaterais a longo prazo, como a estenose vaginal, que é o estreitamento do canal da vagina. Isso ocorre devido à formação de tecido cicatricial por conta da diminuição da irrigação sanguínea na região.
Segundo dado do Instituto Oncofisio, cerca de 45% das mulheres que passam pelo procedimento apresentam o problema, responsável por ocasionar dores e dificuldades durante a relação sexual e os exames ginecológicos.
Tratar a estenose vaginal é uma forma de melhorar a saúde, a autoestima e a qualidade de vida da mulher. Isso pode ser feito através da fisioterapia pélvica, que inclui diferentes técnicas que podem ser adaptadas ao perfil de cada paciente.
Dentre elas estão a eletroestimulação, a eletroanalgesia, a massagem perineal, a realização de exercícios para a região e de movimentos do assoalho pélvico, as massagens perineais e o uso de dilatadores do canal vaginal.
A estenose vaginal tem tratamento e quanto mais cedo forem realizadas as sessões de fisioterapia pélvica, melhores serão os resultados e maior será a qualidade de vida da paciente.
Este post é uma contribuição da Clínica Débora Pádua através da Experta Media para o Portal BH Mulher
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