Implantes dentais modernos e menos invasivos proporcionam rápida recuperação de pacientes
No Brasil, cerca de 800 mil implantes e 2,4 milhões de componentes de próteses dentais são colocados por ano, segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria Médica, Odontológica e Hospitalar (Abimo). A pesquisa também revela que a indústria nacional já atende 90% deste mercado, sendo a segunda no mercado global, atrás somente dos Estados Unidos. A grande procura por este tipo de procedimento possibilitou o impulsionamento da inovação e desenvolvimento da área de implantodontia, que a cada dia apresenta novos produtos de maior qualidade, permitindo tratamentos menos invasivos e mais precisos.
De um modo geral, a cirurgia de implante dental pode ser definida como um procedimento de colocação de parafusos cirúrgicos de titânio no interior da estrutura óssea da boca do paciente, e essa estrutura irá substituir a raiz original. Indicado para pessoas que perderam de um, mais ou todos os dentes – seja por alguma doença bucal ou acidente inesperado -, o procedimento pode contribuir consideravelmente para a saúde física e autoestima dos pacientes.
O especialista e mestre em implantodontia, Felipe Araújo, CEO da O’Don Dental Care, aponta que no passado, as principais reclamações de pacientes quanto a realização de implantes dentais eram a dor, a morosidade e o alto índice de insucesso deste tipo de procedimento. “O método padrão antes usado, na maioria das situações, era aplicado de maneira subjetiva, pois não contava com um planejamento prévio eficiente. Após a uma análise do paciente, era criado manualmente um molde de gesso de toda a sua arcada dental, que por sua vez serviria de guia para a instalação da prótese”, esclarece.
Para criar uma base para as próteses, os dentistas instalavam o implante no interior do osso, e orientavam aos pacientes que esperassem por meses ou um ano, até que ocorresse a osseointegração. “No decorrer desse processo, quando era possível, o paciente usava uma prótese provisória. Quando se dava a osseointegração, que ocorria no período de 6 a 12 meses, o paciente retornava para fazer a reabertura do implante e colocar o cicatrizador. Após um mês, essa pessoa deveria voltar ao dentista para fazer a moldagem e retirada do dispositivo de cicatrização. No momento em que a prótese definitiva era encaixada, quase sempre necessitava de pequenas correções e adequações quanto ao seu formato. Com este cenário, é possível notar que se tratava de um processo invasivo, demorado e que necessitava de excessivas consultas”, ressalta.
Atualmente, essa realidade mudou muito e está em constante evolução, mas o diagnóstico e a identificação da melhor técnica a ser empregada, ainda depende de uma avaliação completa da saúde do paciente. “No entanto, agora é possível contar com o auxílio de novas tecnologias como o escaneamento digital, a impressão tridimensional, a fresagem robótica e softwares, que ao possibilitar um planejamento prévio do implante, reduz de forma significativa o tempo de tratamento, que antes era realizado em dias e hoje pode ser finalizado em algumas horas”, afirma.
De acordo com Felipe Araújo, a tecnologia de escaneamento possibilita a visualização dos dentes e estrutura óssea do paciente, com precisão milimétrica. “Por meio de uma microcâmera, o dentista faz o escaneamento intraoral associado a tomografia 3D”, explica.
Após a essa etapa, este arquivo é enviado a uma impressora 3D, que fará o guia cirúrgico com extrema precisão. Esse modelo permite ao cirurgião-dentista escolher a posição e locais exatos de colocação do implante, sem a necessidade de cortes. Todo o processo até aqui é realizado sem o uso excessivo de anestesia e sem a necessidade de haver a abertura da gengiva e as consequentes suturas. “Com o uso do guia cirúrgico, a única parte que será removida da gengiva é o ponto onde o implante será instalado. Dependendo da condição de saúde do paciente, a colocação do implante e prótese pode ser finalizada em menos de 24 horas”, expõe.
O dentista também salienta que as vantagens da técnica atual contribuem para um menor sangramento e inchaço, proporcionando um implante mais célere, menos dolorido e de rápida cicatrização. “Por ser um procedimento cirúrgico planejado e menos invasivo, a possibilidade de erros se reduz expressivamente. Por fim, é importante deixar claro, que assim como em todo e qualquer tratamento, é necessário que o paciente faça uma avaliação completa de sua saúde com a orientação de um profissional habilitado”, conclui.
Este post é uma contribuição da Naves Coelho Comunicação para o Guia BH Mulher
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