Dicas de como cuidar de animais idosos
Tanto os humanos quanto os animais necessitam de cuidados especiais quando envelhecem. Você como tutor de animais pode ajudar a mantê-los saudáveis por mais tempo e com uma melhor qualidade de vida. O Dr. Mario Marcondes, parceiro da COMAC (Comissão de Animais de Companhia) do SINDAN, e proprietário do Hospital Veterinário Sena Madureira, é especialista no tema e dá dicas de como você pode cuidar do seu pet na melhor idade.
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1) Visite um veterinário regularmente
O médico veterinário é o profissional mais adequado para avaliar a saúde do animal. Por isso, é fundamental que você mantenha visitas e exames regulares para que o seu pet esteja sempre em dia com a saúde. Além disso, caso haja algum problema com o animal, o veterinário poderá atuar antecipadamente e prevenir complicações. A vacinação anual sempre em dia torna-se também muito importante para prevenção de doenças infectocontagiosas já que os bichos são mais propensos a estas doenças na idade avançada.
2) Mantenha o animal em atividade
Passeios e exercícios físicos são essenciais em todas as idades. Mas lembre-se de que quando o animal é idoso, talvez ele não tenha mais o mesmo ritmo de antes. Por isso, faça passeios curtos e não os deixe ir além do seu limite físico. O indicado é exercitar o animal de 20 a 30 minutos através de caminhadas leves, todos os dias. Este tipo de exercício, considerado aeróbico, é o mais eficiente para manter a saúde cardiovascular, melhorar a qualidade de vida e a longevidade. Os efeitos benéficos do exercício são decorrentes da liberação de neurohormônios que auxiliam no bem estar e controle da frequência cardíaca e pressão arterial. Mas lembre-se: para se ter o efeito desejado os velhinhos devem exercitar-se cronicamente, sem interrupção. Com isto os benefícios aparecem após 3 meses de prática.
3) Promova uma alimentação balanceada
Os cuidados com a alimentação do animal são a base para uma vida saudável. Avalie com o seu veterinário qual a melhor dieta para o seu animal e os nutrientes que não podem faltar no seu dia a dia. Quando os animais envelhecem, eles tendem a precisar de vitaminas e nutrientes diferenciados. Hoje em dia existe uma infinidade de boas rações próprias para o animal idoso com a suplementação dos nutrientes necessários para esta faixa etária. Fale com o seu veterinário.
4) Fique atento à saúde do seu animal
Você como tutor sabe os hábitos do pet e pode identificar algum problema com mais facilidade.
Uma pesquisa recente realizada pelo Hospital Veterinário Sena Madureira mostrou que informações sobre sintomas clínicos observados pelo tutor de animais idosos e respondidas num questionário de qualidade de vida tiveram correlação importante com a evolução clínica do paciente, ou seja, os olhos dos familiares mostraram ser tão sensíveis quanto alguns exames também testados na pesquisa, demonstrando a importância de estar atento aos sintomas e à saúde dos idosos.
Segundo a Dra. Fernanda Cioffetti, também parceira da COMAC (Comissão de Animais de Companhia) e gerente de Marketing da Agener União, reforça que tanto os gatos como os cães tendem a apresentar sinais específicos de envelhecimento. No entanto, eles são diferentes entre as duas espécies. Por exemplo, os cães tendem a ganhar peso quando idosos, enquanto os gatos tendem a perder peso (por causa de perda muscular). Além disso, problemas articulares, pelagem opaca e outras doenças podem ser correlacionados ao envelhecimento. Fique atento à mudança de comportamento. Ela é um dos primeiros sinais e muitas vezes passam despercebidos.
Portanto, observe o dia a dia do pet e fique atento aos sinais para problemas de saúde ou mudança de comportamento. Analise a rotina do animal e fale com o seu veterinário se notar algo diferente.
5) Verifique a necessidade de adequação do local onde seu animal fica a maior parte do tempo
Caso o seu animal já tenha algum problema de saúde, que prejudique sua locomoção ou lhe cause dor, como artrite, por exemplo, é importante adequar o espaço onde ele fica. Invista em camas macias e mantenha os comedouros e bebedouros em locais de fácil acesso. Utilize piso apropriado para evitar que o animal escorregue. Em dias mais frios proteja-os isolando a caminha do chão com estrados e promova o aquecimento com edredons. Para gatos, procure por caixas de areia com lados menores, para facilitar a entrada e saída do animal. A Dra. Fernanda Cioffetti complementa que prevenir e promover qualidade de vida é uma obrigação dos tutores e responsabilidade dos médicos veterinários.
Este post é uma contribuição da assessoria da COMAC para o Guia BH Mulher
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