Tempo seco nesta época do ano afeta os pets
Mas, afinal, a baixa umidade castiga apenas os seres humanos? Para responder a essa e outras perguntas recorremos à veterinária Beatriz Ribacionka da Cão Ideal. Preste atenção nas dicas importantes que ela oferece para você cuidar muito bem do seu cachorro nessa época do ano.
Com a falta de umidade, os principais órgãos afetados são:
Os olhos: São órgãos bem dependentes de umidade. Quando não são lubrificados adequadamente, podem surgir problemas associados ao seu ressecamento, ou podem se agravar problemas já existentes. Sinais de problemas: Se você perceber que o animal está coçando os olhos, está com a região muito vermelha e/ou produção excessiva de remela, procure por um Médico Veterinário.
A Pele: O tempo seco pode prejudicar a pele de várias maneiras. Para cães com dermatites alérgicas, por exemplo, a falta de umidade pode acarretar na hidratação inadequada dessa pele (já prejudicada), piorando o quadro já existente. O ressecamento da pele também está diretamente associado com quadros de seborréia. Sinais de problemas: Se você perceber que o animal está coçando demais alguma região do corpo, ver alguma região da pele avermelhada, pele descamando e/ou com aspecto de alergia, procure por um Médico Veterinário.
Sistema respiratório: O olfato é, de longe, o sentido mais apurado dos cães. Eles têm em média 18 vezes mais o número de células no bulbo olfatório que os humanos. Mas, apesar de terem um nariz “melhor” que o dos humanos, eles também sofrem muito com o tempo seco e poluição. Essa condição climática pode causar e/ou potencializar doenças como a rinite alérgica, colapso de traquéia, síndrome dos Braquicefalicos, entre outras.
Sinais de problemas: Se você identificar que o animal apresenta secreção ou sangramento nasal, está espirrando além do normal, tossindo ou engasgando, procure por um Médico Veterinário.
Pequenos gestos que podem ajudar para melhorar a qualidade do ar
- – Utilização de umidificadores de ar no ambiente deles.
- – Aumentar o número de potes de água – não só para ele ter mais água disponível para beber, mas também para melhorar a qualidade do ar.
- – Inaladores: São interessantes para melhorar a respiração dos cães também. A ideia aqui é utilizar apenas o soro fisiológico no aparelho de inalador, ou até mesmo uma alternativa mais simples: manter o animal dentro do banheiro conosco enquanto tomamos banho – o vapor da água que sai do chuveiro tem um efeito bem semelhante com o do inalador. Eu recomendo que para a utilização do aparelho inalador você converse com um médico veterinário.
Para estimular a ingestão de (mais) água
- – Acrescentar cubos de gelo na água do cão torna a hora de beber água uma diversão. Cuidado com a administração de gelo para os cães mais velhos e/ou que tenham alguma doença periodontal.
- – Administrar água de côco para os cães é interessante principalmente para aqueles cães que participaram de algum tipo de atividade física, é uma maneira gostosa de hidratar. Na grande maioria das vezes é uma ótima alternativa, mas é interessante conversar com o Médico Veterinário sobre a possibilidade de administração de água de Côco para o seu animal.
Evitar maiores problemas
- – Fazer os passeios dos cães em horários mais frescos, nos dias quentes e secos. Fazer pausas para descanso e administração de água é interessante para os cães que não estão acostumados com atividades físicas e/ou para animais que por alguma razão tenham a respiração prejudicada. Para esses animais uma alternativa legal também é dividir os passeios durante o dia. Por exemplo: ao invés de fazer uma hora de passeio direto, podemos fazer dois passeios de meia hora ou três de vinte minutos no decorrer do dia, assim conseguimos lhes dar atividade física de maneira adequada até nos dias mais quentes ou secos.
- – Dentro de casa, sempre deixar um lugar com “sombra e água fresca” disponível para o animal descansar durante o dia, principalmente nos picos de secura.
Um cuidado especial com os cães braquicefalicos
Cães braquicefalicos são aqueles que, do latim, tem a “cabeça (céfalo) curta (braqui)”. Ou seja, eles têm o focinho achatado (o que pode prejudicar bastante a respiração) e as órbitas oculares mais rasas (o que expõe mais os olhos, podendo assim prejudicar a lubrificação dos mesmos). Exemplos de raças braquicefalicas: Buldogue inglês, Buldogue francês, Pug, Shih Tzu, Boxer, entre outras.
Em situações normais já devemos ficar mais atentos com esses parâmetros dos cães braquicefalicos. Nos dias de tempo seco, o cuidado deve ser redobrado.
As dicas são as mesmas, mas no final das contas, usamos mais esses recursos com os braquicefalicos, pois na Clínica Veterinária Cão Ideal, eles são os pacientes que mais recebemos na época de tempo seco.
Este post é uma contribuição da assessoria da Cão Ideal para o Guia BH Mulher
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