O conflito é a mola mestra da mudança
*Celina Reis
Existem tipos diferentes de conflitos: temos conflitos que exigem mudanças internas; temos aqueles que envolvem direcionamento e decisões a respeito do futuro dos filhos; outros em relação ao caminho profissional que deve ser seguido; conflitos de interesses na família; litígios em relação aos rumos que o mundo está seguindo. Enfim, o conflito é inerente à vida e ele se embrenha por todos os lados, abre fendas e estradas na nossa existência.
Contudo, é essencial perceber que nem sempre o conflito é maléfico, muitas vezes sinaliza a necessidade de reflexão, de mudança, de criatividade diante das situações que o dia a dia nos apresenta.
O Judiciário reconheceu essa necessidade de enfrentamento dos conflitos sem, no entanto, requerer a polarização e a judicialização da demanda, pois o novo código de processo civil trouxe um novo olhar para as questões, com a possibilidade de solução das lides utilizando metodologias que prestigiam a paz e a cooperação entre os envolvidos.
É fato que o conflito é inerente à vida e pode ser resolvido de várias formas, sendo possível enfrentá-los lançando mão de modelos onde um terceiro “decisor” trata a questão e dá a solução, ou ainda utilizar modelos onde os envolvidos são os protagonistas e devem construir durante o processo a melhor solução. Estes diversos modelos são respectivamente denominados Arbitragem, Negociação, Conciliação e Mediação.
Para chegarmos nesse ponto evolutivo foram necessários anos de aprendizado e várias formas foram desenvolvidas e aperfeiçoadas, bem como a maneira do homem lidar com suas frustrações e com a sociedade.
Hoje daremos início a uma série de matérias que explicarão a evolução desse sistema e também cada um desses modelos de solução de conflitos. Espero que todos nos acompanhem nessa viagem pelo mundo jurídico e deem seu feedback enviando-nos questionamentos e opiniões sobre o tema.
*Celina Reis é consultora organizacional, mediadora de conflitos, bacharel em Tecnologia, pós-graduada em Gestão de Negócios e Tecnologia da Informação e bacharel em Direito pela PUC Minas.
Este post é uma contribuição exclusiva de Celina Reis para o Guia BH Mulher
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