Dia do Homem (15 de julho) – Chegou à vez deles
Cansados da pressão social e stress, os homens também precisam de um tempo para cuidar da saúde física e do bem-estar
Tidos como super-heróis e invencíveis, os homens, muitas vezes, carregam uma ‘carga’ muito pesada no dia a dia. De acordo com a sexóloga e psicanalista Lelah Monteiro (www.lelahmonteiro.com.br) alguns pensamentos permeiam a humanidade como homem não chora, não engravida, não fica doente. “Há pouco tempo começamos a falar da saúde do homem jovem e maduro. Aquele que está em plena atividade produtiva econômica. Falo do homem saudável, mas que anda cansado e desanimado com as perspectivas sociais”.
Até pouco tempo falava-se apenas no idoso. Mas quantos homens jovens estão idosos hoje porque foram negligenciados. Este homem não pode parar de trabalhar para se cuidar. “O que desejamos é que ele faça cada vez mais sucesso, portanto para isso é preciso que ele inclua na agenda alguns cuidados fundamentais”, diz Lelah.
Atividade física e intimidade regulares. ‘O homem precisa também se sentir desejado e apaixonado. É preciso se livrar da lista de compromissos e ter um momento somente a dois. Mas não para dormir e sim para namorar. Essa é uma das principais queixas que tenho em meu consultório e que as pesquisas internacionais comprovam. A vida moderna tem deixado os homens impotentes, principalmente, nas suas camas”, explica a sexóloga.
Ela comenta que o excesso de stress no trabalho, demasiada cobrança social, insatisfação pessoal e familiar tem feito os homens produzirem menos, terem menos vontade de realizar. “Quando o homem percebe a situação em que se encontra, ele fica mais criativo, disposto e feliz. Penso que esse dia deveria ser chamado de ‘dia do empoderamento masculino’ através da saúde e do bem- estar integral”.
A saúde do homem é tudo o que lhe traz plenitude, bom humor, descontração e aumento da produtividade. “Não existe receita mágica. Mas um pouco de pragmatismo, traço bem masculino, ajuda. Comece fazendo um check up anual, isso inclui uma ida ao urologista, e uma dieta que inclua beber menos e parar de fumar. Não tem problema se no meio do caminho houver um tropeço, tudo bem, volte e recomece. Livre-se da culpa. O homem também sente culpa, sofre e demora para admitir. Que bom que aos poucos vêm procurando ajuda profissional para ajuda-lo a jogá-la fora”, diz Lelah.
Ela reforça que é importante que os homens tenham coragem para assumir toda a fragilidade de gigantes que são, cuidando da saúde física, emocional, espiritual e transformando a sociedade, onde juntos homens e mulheres possibilitem a construção de nações mais igualitárias, justas e menos hipócrita.
Sobre Lelah Monteiro
É sexóloga e psicanalista pela Escola de Psicanálise de São Paulo, educadora Sexual pelo Instituto Kaplan e terapeuta sexual pela USP. Palestrante, master coach e fisioterapeuta especialista em sexualidade pela Universidade Estadual de Londrina. Co-autora do livro ‘Relacionamentos amorosos 2,com o capítulo ‘Pode um relacionamento sobreviver ao vaginismo?’. É membro das associações: Associação Brasileira de Fisioterapia Pélvica, ABRAFISM – Associação Brasileira de Fisioterapia Saúde da Mulher, ISSM – Sociedade Internacional de Medicina Sexual e da ISLAM – Sociedade Latino Americana de Medicina Sexual. Mais informações no www.lelahmonteiro.com.br