Cirurgia íntima: entenda como funciona
Além de ser realizado por questões estéticas, o procedimento resolve danos de ordem funcional e influencia na autoestima
O Brasil está em primeiro lugar entre os países que mais realizam cirurgias íntimas, de acordo com a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps). Mas, afinal, por que algumas mulheres recorrem ao procedimento? Segundo Roger Vieira, membro da American Society of Plastic Surgeon (Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos), estética e correção são as principais motivações, em ambos os casos, como busca pela recuperação da autoestima. Para o cirurgião, a quebra de tabus e a disseminação da nudez artística contribuíram para o aumento da sua procura.
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Cirurgia plástica: quando ela não é recomendada
Existem diferentes tipos de procedimentos, dependendo do quadro do paciente. “O médico explica que, durante a puberdade, pode ocorrer um desenvolvimento anormal dos pequenos lábios vaginais, levando a um aumento desproporcional em relação aos grandes lábios. “A mulher pode sentir-se insatisfeita esteticamente e é possível, ainda, que haja danos funcionais que dificultem a higienização do local ou, até mesmo, que gerem incômodo nas relações sexuais e durante atividades físicas”, pontua. Desconforto com o tamanho, formato e coloração dos pequenos lábios, constrangimento ao usar roupas justas ou trajes de banho são motivações comuns para recorrer ao procedimento cirúrgico.
“A ninfoplastia consiste na retirada de tecido dos pequenos lábios e é procurada, também, por mulheres que desejam rejuvenescimento vaginal”, revela Vieira. Ele explica que a cirurgia, indicada para mulheres acima de 18 anos, leva, em média, uma hora e é pouco invasiva. Além disso, é necessária apenas anestesia local e a paciente recebe alta no mesmo dia. “A recuperação pode ser feita em casa e leva algumas semanas. São indicados três dias de repouso e um mês sem relações sexuais”. A forma dos grandes lábios e o volume do monte de Vênus também podem ser o motivo da intervenção cirúrgica.
Tipos de Cirurgias
Pequenos lábios
Trata-se da retirada do excesso de pele, para deixá-los simétricos e proporcionais aos grandes lábios.
Grandes lábios
Realizada mais comumente em mulheres mais idosas, para resolver casos de hipotrofia. É feito enxerto de gordura da própria paciente. Há, também, casos de hipertrofia, em que uma lipoaspiração na região diminui a espessura.
Monte de Vênus
Quando há elevação da área, tornando-a proeminente, é feita lipoaspiração para correção.
Eles também fazem
Já nos homens, o chamado “pênis escondido”, condição observada mais comumente em decorrência da obesidade, é o principal motivo para que eles se candidatem à cirurgia íntima. “O órgão fica escondido, devido ao excesso de gordura na região, aparecendo, apenas, durante a ereção. Esse quadro também pode afetar psicologicamente, por gerar constrangimento, culminando em impotência e redução do prazer”.
No procedimento, de acordo com Vieira, é reduzida a gordura da região e, na sequência, feito o levantamento da pele excedente do púbis. “Ela é fixada à parede abdominal, promovendo, assim, uma distensão dos ligamentos que suspendem o pênis a fim de alongar o órgão”. A causa da condição pode ser genética e aparecer na juventude ou em outra fase da vida.
Sobre Roger Vieira
É médico especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), pela Sociedade Americana de Cirurgia Plástica (ASPS), pela Associação Médica Brasileira (AMB) e pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Formou-se em 2005 pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); fez residência médica em Cirurgia Geral no Hospital da Baleia e em Cirurgia Plástica no Hospital Governador Israel Pinheiro (IPSEMG). Atua como cirurgião plástico da Clínica Inovatto, e é membro assistente dos hospitais Mater Dei, Vila da Serra e Lifecenter.
Este post é uma contribuição da assessoria do Dr. Roger Vieira para o Guia BH Mulher
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